Scene 0005 - Gabriel e Igor

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Após dispensar Hector, Miguel e seus kamuts, confiando-lhes uma missão importante: Recrutar cabeças de pá para a incursão a Toulouse. Igor pesquisa sobre seu alvo na internet, após alguns minutos ele conclui, com a ajuda do Google, a localização de possíves Elísius de Toulouse. São os maiores múseus da cidade:

Centro do Cartaz

Museu de História Natural

Fundação Bemberg

Múseu de Arte Moderna e Comtemporânea "Les Matadouros"

Múseu dos Augustinhos

Múseu de Saint-Raymond

Múseu Paul-Dupuy

Basílica Saint-Sernin

Conjunto de conventos dos Jacobinos (B)

Descoberta do Capitole de Toulouse

Catedral Saint-Etienne (B)

Museu Georges-Labit

Fundação Bemberg

Ex-vasos quebrados (!)

Cinemateca

Caças furtivas

Basílica Notre-Dame de la Daurade (B)

Galeria do castelo de água

E também alguns outros locais: Les Jardins de l'Opéra, Le Roof, Le Vélane, De Danú Irish Bar (!)

Igor então resolve começar a agir. Ele primeiramente convoca Javier, como de custume, que esta sempre invisível.

— Javier estas ai?

— Sim, meu ductus.

— Vamos para uma missão de investigação em Toulouse. Pesquisei alguns locais interessantes para se atacar. Mas antes de tudo vamos precisar de um disfarce, vamos a um possível curral daquela maldita cidade.

— Sim, meu ductus — diz Javier — Villèle já revelou alguma coisa da estratégia inimiga?

— Não tive contato com ele rescentemente. Esta mais que na hora de nós colocarmos a mão na massa. Vamos fazer uma pequena exploração pela cidade, com sorte achamos alguns infeliz membro da camarilla e usamos para extrair algumas informações. Não podemos levantar suspeitas, precisamos usar de seus poderes da Ofuscação e nos disfarçar. Precisamos, definitivamente, do elemento surpresa e dessas informaçõs. Não posso só contar com o plano de Gabriel. E se os Nosferatu não se aliarem a nós? Precisamos de um plano de contingência.

— No entanto, meu ductus — salienta Javier — Devo observar que é um trajeto de mais de quatro horas a pé, o que nos obrigará a nos abrigarmos na cidade durante o dia ou, ao menos, retornarmos a Cugnaux para fazê-lo.

— Estou ciente dos riscos. Mas, você não acha que vamos a pé. Acha? Pesquisei uma empresa de taxis que vai nos buscar. O motorista será nosso guia, e ai dele, se usar a nos desobedecer. Lembre-se vamos assumir um disfarce, temos que aparentar sermos sacos de sangue vivos. Entendeu ? Pretendo “visitar” o máximo de locais possiveis, e em seguida, retornar para Cugnaux.

— Que assim seja, meu ductus — Javier responde simplesmente — suponho que não deixaremos Gabriel ciente de onde iremos e o que faremos.

— Com o abondono disprezivél de Lorenzo nós perdemos um membro poderoso de nosso pilar. Vamos precisar de Gabriel. Ele irá conosco. Suas habilidades são fundamentais para o sucesso de nossa missão. Porfavor convoque-o.

— Não é possível convocá-lo, meu ductus — diz Javier — ele está na reunião com os nosferatu e não sabemos a localização desse evento.

Mal o assamita se pronuncia e Gabriel já cruza uma esquina, com seus fiéis animais ao seu lado.

— Prepare-se para nos disfarçar vamos pegar um taxi até toulouse, vamos visitar um curral De Danú Irish Bar, como diriam os malditos franceses!

— Não é uma boa idéia — diz Gabriel. O Nosferatu demonstra confiança na voz, como se dissesse que está absolutamente certo, e que seu comentário deve ser aceito.

— Mas que diabos... como é possível? — Igor olha para a esquina na qual ele poderia jurar, instantes atrás, que viu Grabriel cruzar, seguido de seus fieis animais.

“Você, estava cruzando a esquina! Como esta aqui???”. Indaga Igor

— Não importa, deve ser obra do abismo, afinal. . . Tudo é obra dele — afirma Igor para seus companheiros visiveis e invisiveis. — Não posso deixar de perguntar, Gabriel, porque não seria uma boa idéia? — indaga Igor com um tom frio, e ríspido como de costume — Afinal penso que você ainda sabe quem é que manda aqui, não sabe? A menos que você, meu até então fiel companheiro removedor, tenha um argumento suficientemente convincente e impecável, para que este me convença a alterar o atual plano.

— Eis os fatos, senhor: A imprensa de Toulouse anunciou uma ameaça de ataque terrorista à cidade. Os mortais estão fugindo para todos os lados. Todas as saídas da cidade estão abarrotadas, e o aeroporto não funciona em capacidade total devido à grande nuvem de tempestade. Uma olhada nas estradas mostra que as vias que saem da cidade estão extremamente congestionadas, enquanto as que levam para Toulouse estão totalmente vazias. — O enorme cão negro de Gabriel se senta, o corvo se ajeita em seu ombro, mas o vampiro permanece imóvel. — Eis os argumentos: Não existe mais festa, ninguém que foi tolo o suficiente para ficar é tolo para sair à noite. Os Currais estão vazios, os serviçais da Camarilla estão reunidos com seus mestres tentando armar um plano para nos pegar. Se um taxi, ou qualquer outro carro, seguir em direção à Toulouse, será o único veículo a fazê-lo, é impossível que não chame atenção.

Gabriel abre os braços, como quem recebe um convidado com menção a abraçá-lo. O gesto, contudo, tem outro significado:

— Mesmo que, contrariando todas as probabilidades, alguma informação seja adquirida desta forma, não é possível fazê-lo sem que a Camarilla saiba quem somos. É arriscado entrar, e morreremos antes de conseguir voltar. Sou fiel a meu Pilar, meu ductus, mas isso não significa que considerarei a ideia genial simplesmente por ser sua. — Gabriel abaixa os braços — De qualquer modo, essa operação não será mais necessária, já que temos os Ratos definitivamente do nosso lado e toda a informação necessária para o planejamento do ataque. Seja o que for que pretende descobrir, Comandante, não é nada que eu já não saiba.

O vampiro mascarado bate de leve no ombro em que o corvo não está, como se isso pudesse tirar o forte cheiro de esgoto impregnado em suas roupas.

— Presumo que Hector e Miguel estejam aproveitando a situação para recrutar alguns ex-moradores de Toulouse que estejam fugindo em nossa direção, seria bom que alguns cabeças-de-pá conhecessem o território - Nos permitiria maior liberdade para deixá-los fazer a Dança do Fogo sozinhos. O melhor momento para atacar será daqui a duas noites, quando os Ratos de Esgoto já tiverem preparado nossa entrada, todos os soldados dispensáveis já tiverem saído de seus túmulos, e nosso feiticeiro já tiver posicionado calmamente a tempestade quase em cima de Toulouse. Meu plano está funcionando perfeitamente. Até agora, tudo sob minha resposabilidade - e sob a de Javier - correu exatamente como planejado. Sugiro que continuemos sem alterações, senhor.

Igor, absorver aquelas informações com muita satizfação. Ele sabe que Gabriel é decididamente o membro da “inteligência” neste bando, principalmente, nesse cerco. No ritmo em que ele esta ele certamente ira assumir o posto que Igor esta atualmente. Isso não perturba Igor nem um pouco.

“Foda-se se ele vai assumir esse maldito posto... Eu só quero acabar com a raça desses malditos cainitas de toulouse, reportar nosso sucesso ao Serafim e voltar o mais rápido possível aos meus estudos do curioso abismo.”

— Muito bem Gabriel, você conseguiu o que muitos de nossos companheiros julgavam ser impossível. SEU Plano foi arquitetado e ,até agora, executado com perfeição. Quando isso acabar você tera todos os créditos por suas ações. Mas, independente de como isso acabar, com sucesso ou não, a primeira pessoa a responder por isso serei eu. Essa aliança com os nosferatus foi uma jogada de mestre, isso foi simplesmente brilhante Gabriel, foda-se se não usamos métodos ortodoxos. O que importa é que você,meu amigo, deu um grande passo em direção a vitória. E estou orgulhoso de sua competência, não esquecerei de dar todos os devidos créditos a você. Mas o trabalho ainda não acabou. Preciso que fassa um relatório de suas últimas ações em Toulouse, principalmente, a negociação com os nosferatus. E por fim preciso revisar alguns pontos de seu plano.

— Conversei diretamente com Damien Desmarais, primogênito Nosferatu de Toulouse, e ele me assegurou total apoio por parte de seus comandados. — Diz Gabriel — Teremos uma rota subterrânea a nosso dispor para atacar os cabeças da Camarilla, além de suporte dos locais para iniciar os incêndios. A reunião foi um sucesso. Algum detalhe sobre o qual queira falar, senhor?

— Suponho que Javier esteja cuidando dos detalhes para os incêndios. Mas algo que gostaria de discutir com você: Vamos usar os cabeças de pá de qual forma? Estou em dúvida em como utiliza-los. Eles podem ser uma boa distração, agora que temos o elemento surpresa asegurado, basta decidir como usa-los.

— Soltá-los para causar pânico e destruição pelas ruas de Toulouse certamente faria com que nossos inimigos tivessem que se virar para para acabar com essa ameaça à sua tão protegida máscara, porém, parece que nossos adversários já fizeram isso por nós. — Responde Gabriel — Podemos prosseguir com este plano, senhor, em minha opinião. Nossos recrutas seguem em frenesi pelas ruas, em direção ao Elísio. Seria como soltar diversos animais selvagens no campo de batalha, comandante: Não vamos controlar a destruição que causarão, e nossos inimigos não poderão prevê-la. É importante que eles tenham uma rota previsível para os esconderijos e para o Elísio de Toulouse, mas pode ficar tranquilo, senhor, não atrapalharão o trabalho de Hector, Miguel, ou o nosso.

— Como imaginei. O que você sabe sobre nossos inimigos ? O príncipe, os primogênitos e os demais cainitas dessa cidade que em breve será abraçada pelas sombras do abismo.