Karl Landsteiner

Karl deu uma gargalhada sincera



- Me perdoe Sr. Lightbringer, mas achei engraçado a forma como você discursava inflamado ,e derrepente cortou a si mesmo se acusando de ser Carola, me desculpe, não era minha intenção Rir , na verdade Estou interessado...no que se baseia sua fé?

Karl realmente estava interessado ,era oficialmente Ateu, mas Queria entender por que certas pessoas eram tão fanaticas , assim como o Marido de Jenny estava se mostrando .


Na verdade estava fazendo algo que poderia ser ao mesmo tempo imprudente e corajoso...ia ouvir o discurso de um ancião, e então discordar, questionar , argumentando sobre o que seria a "verdade absoluta"

— Na experiência, basicamente — diz Lightbringer — houve um tempo que eu fui cético, assim como você, Karl, mas minhas experiências pessoais com Mithras me levaram a crer em Sua Palavra.

Karl não gostava de admitir ignorância , mas era necessario, na verdade era uma virtude?

-pessoais? bem, acho que esse é um luxo que nós podemos desfrutar não? conhecer nossos próprios profetas e messias ao inves de somente os escritos deles , me perdoe sinceramente a ignorância, não quero ofender ninguém, mas quem é Mithras?


Karl obviamente estava pensando que Mithras era um vampiro, não podia imaginar porém , quem ele era e toda sua plenitude , de qualquer modo, Karl também poderia estar errado, se esquecia no momento daquelas pessoas que falavam de Jesus como se fosse seu vizinho de quarto , Karl não poderia fazer ideia disso agora mas talves as duas linhas pudessem estar corretas. Mithras existia mas light era somente um pretencioso que falava de experiencias "pessoais" com mithras sem nunca te-lo conhecido?

Lupinos? agora Karl estava convencido de que Lightbtinger realmente estava delirando em fervor religioso , quanta ladainha !
a principio Karl tentava pensar brandamente mas no fundo estava com ligeiro receio , por que sempre os loucos tinham que estar no poder? tinha medo de que um dia Lightbtinger fizesse algum ato de loucura, começasse uma guerra santa ou algo assim.


Karl agora se sentia oprimido , não queria ficar mais perto daquele homem, sua aparencia, suas crenças tudo o incomodava, e karl tinha medo de que se ficasse mais tempo ele acabasse por perceber isso e passar a ver Karl com maus olhos.

-Nossa...não sei como explicar , mas não pude ouvir direito o que vocÊ falou , uma particula de inspiração me atingiu...preciso por a ideia em pratica, escreve-la... - Karl se levantava - Me desculpem pela grosseria, mas realmente não posso deixar a ideias escapar por entre meus dedos, p-posso ir ?

Karl estremeceu Ao sair da vista do terrivel ancião , Por que seres como ele tinham que existir , era um completo louco, e estava no poder!

Sentindo-se muito mais amedrontado , deseja apenas voltar a proteção da capela, e não sair de lá tão cedo, pensando bem, ele nunca havia desejado sair de lá, pois é isso que acontece quando pessoas como ele ficavam a vista de anciões.


Caminhando por certo tempo calado começava a pensar, como Jenny poderia ter qualquer tipo de relacionamento com aquele ser? Karl começava a se entristecer , será que a obrigavam? ou pior, será que ela realmente gostava de alguém assim?

Karl queria se desculpar com Jenny , mas não tinha coragem , então apenas continuava andando.

Eles tinham a imortalidade, mas ao invés de viver sob a luz do conhecimento, se digladiavam em golpes sujos e artimanhas mesquinhas, eram guiados pela ignorancia, pela violencia e ganancia , eles poderiam contribuir tanto com a humanidade , mas apenas a exploravam , seres terriveis os vampiros...

— Homem de ciência e o homem de fé — diz Jenny, que continua caminhando escoltada por Karl.

Karl sabia que precisava pedir desculpas , mas as desculpas para ele era o que menos importava, queria saber o por que Jenny tinha que ser a "esposa" daquele homem aterrador.


- Me desculpe , eu fiquei com medo dele..ainda estou..- Karl dizia, enquanto caminha cabisbaixo .


- Acho melhor eu apenas voltar a capela e estudar, sou muito ruim em ocasiões sociais, posso acabar prejudicando o clã de alguma gorma....


a Verdade era que Karl queria continuar com Jenny, andar com ela, Mas pensava que talves, realmente fosse melhor que ele se trancasse na capela (a de verdade) e nunca mais saisse.

Karl sabia que ela queria lhe dizer algo, talves lhe dar o que com outras pessoas seria um "bronca" , talves lhe falar melhor sobre sua relação com light...nenhuma probabilidade no qual Karl pensava era boa , mas no fundo , sem razão, sem motivo , ele amava Jenny , era ridículo pensar que poderia amar alguém tão rápido ,tão fácil...mas não podia negar, tentava re-organizar tudo em sua mente, transformar o amor em admiração pela superior, transformar em uma sensação momentânea , em ultimo caso, tentou dizer a si mesmo que não se tinha certeza de nada na realidade, nem de que a amava , mas ele Sabia, ele a amava, e isso lhe doía , uma dor terrível, que apertava seu coração aos poucos até esmaga-lo , Sabia que jamais conseguria Jenny para si, ela não ligaria para ele, sabia que ela era uma boa pessoa, e era simpatica com ele genuinamente, mas jamais lhe amaria ,na verdade, achava que mesmo que Jenny a amasse, ele não conseguiria retribuir todo amor que tinha da forma apropriada, no fundo se sentia indigno , um lixo, que não merecia ela .


Karl tentou usar a lógica, mas sua logica não conseguiu vencer apenas algumas semanas de certeza , de que ele realmente a amava, e amava tanto, que a colocava em um pedestal metafórico , ela era inalcançável para ele , pelo menos dentro da mente dele.


Fingindo olhar algo do outro lado Karl deixou algumas lagrimas de dor cairem, não fazia sentido , mas nada mais fazia sentido , não sabia por que chorava, não sabia de nada a não ser que amava ela, enxugando as lagrimas com os dedos e colocando a mão no bolso para limpar no tecido de dentro, karl Disse com uma voz fraca, muito diferente da que ele queria usar .

-Sim..V-vamos

Karl observou a vista , era linda mas um sentimento continuava a corroer seu coração , sabia que lá embaixo , em meios aos mortais,os vampiros antigos andavam, armando esquemas traiçoeiros e alianças corruptas, dali não era aparente, mas o mundo parecia menos belo ao se saber que em algum lugar coisas ruins aconteciam por causa de imortais malevolos.


Queria entender como Jenny conseguia viver naquele mundo , Karl não conseguia pensar que ela talves pudesse gostar daquele mundo e suas politicas.


-É muito bonito...-Disse karl e então ficou um tempo calada admirando tudo com ela antes de comentar - ..Você gosta do mundo em que vivemos?-perguntou Karl derrepente e então se arrependeu -Esqueça...foi um pergunta tola..-lamentou-se Karl

Jenny pensa por um momento, refletindo na pergunta e, por fim, responde:

— Sim, a despeito de tudo.

Ela sorri para Karl e o cientista vê, naquela expressão uma existência dedicada a esperança na adversidade.

Karl percebe que estava cego para aquilo, havia sim mal ali , mas também havia o bem , havia a bondade em um mundo de trevas, Jenny conseguia viver naquele mundo sem perder sua esperança.

Karl ficou calado a admirando longamente, como podia estar tão inconformado com o mundo a sua volta? Jenny estava lá a mais tempo que ele, deve ter crescido naquela londres onde a ordem era tão grande que se confundia com o caos , quantas vezes ela deve ter feito o que não desejava ? quantas vezes viu um mundo corrompido a sua volta, e mesmo assim amava aquele mundo , se dedicava a ele,e achava que valia a pena viver nele.


Karl sorriu envergonhado -Me desculpe pela cena..Jenny-Após um longo suspiro que nem percebeu dar completou -Eu pensava que não queria viver nesse mundo, mas na verdade quero..sempre quis ,obrigado Jenny


Karl deu um sorriso mais radiante e sincero, se sentia revigorado, era incrível como algumas poucas palavras e olhares, tinham um peso tão grande em seu coração.

Karl tinha uma expressão serena no rosto quando respondeu Jenny

-Estive pensando sobre a morte, a morte verdadeira...não com receio ou medo, tristeza ou arrependimento , não a desejo mas ela virá até mim um dia ,e não hesitarei em aceita-la , se ela me provar que realmente chegou a hora...-Karl olhava o por do sol com olhos brilhantes -Algumas pessoas dizem que após a morte, o paraíso é exatamente o que desejamos , se for assim morri quando te conheci, pois é somente você que meu coração anseia- Karl riu com sinceridade sobre como as logicas filosóficas pareciam se distorcer facilmente perante o amor.

Após um longo momento obeservando o por do sol, se virou para Jenny admirando o olhar que tanto lhe inspirou , que tanto lhe ensinou , o olhar que tanto amava.

-Mas sabe...mesmo que além daqui houvesse somente o sono da inexistência , continuaria a trilhar a vida com amor e alegria...tudo valeu a pena , dormiria grato esse sono eterno, sabendo que pude te conhecer.

Karl estendeu a mão , esperando que logo Jenny lhe tocasse com a sua , somente andar de mãos dadas com ela era o suficiente para seu coração.

Quando Jenny lhe toca a mão a atmosfera parece mudar, havia o sentimento de que algo estava diferente no mundo que os cercava, embora sua razão não conseguisse precisar o que havia mudado.

A razão, maldita razão , uma enchente de pensamentos preocupantes enche a mente de Karl , sempre gostou de pensar que o casamento de Jenny era somente uma especie de aliança politica , mas agora não saberia dizer , é claro que desejava o amor de Jenny, mas por que ela aceitava o dele tão facilmente? como se aceita um presente singelo dado por uma criança ? havia também os pensamentos, terríveis pensamentos sobre a fidelidade de sua amada , por que eles lhe assombravam na hora mais impropria ?

Queria dar um fim aos angustiantes pensamentos que tentavam lhe roubar tão precioso momento , mas eles continuavam a torturar sua alma , buscando alguma resposta voltou-se novamente para Jenny e viu o seu sorriso , tão lindo , rapidamente todos os pensamentos lhe abandonaram , tudo pareceu desaparecer de sua mente e de sua visão , até que não havia mais mundo , não havia mais Karl, somente Jenny , seus olhos iluminados por aquela felicidade radiante e seu sorriso que parecia aquecer todo vazio ao redor , nada mais importava , pelo menos não agora , só queria que aquele momento não tivesse fim jamais.

Os pensamentos voltaram a fervilhar assim que Jenny precisou deixa-lo , sabia do peso das obrigações dela e isso o preocupava , analisando toda a situação parecia impossível que os dois ficassem juntos , temia que aquilo pudesse prejudicar Jenny, e se perguntou se infelizmente, não deveria tomar a decisão mais dolorosa e ceifar ele mesmo aquele amor que agora começava a florescer , guardando-o como um segredo que ambos compartilhavam sem jamais voltar a menciona-lo , Karl não sabia se conseguiria aguentar algo assim, mas talves fosse o melhor..

Então Jenny voltou , não parecia satisfeita com a reunião , mas mesmo sua expressão não contendo um sorriso já minou completamente a ideia de Karl ,ele simplesmente não tinha forças para propor aquilo , e mais uma vez deixou a razão de lado


-Esse Marcus é sempre assim?- perguntou Karl com um olhar sombrio para o chão , queria ajudar Jenny, mas que ajuda ele poderia dar?

Karl tentou recapitular o que Jenny lhe falava varias vezes , mas ser avesso a politicagens lhe impedia de fazer qualquer comentário útil e por fim ele desistiu , mas ainda queria ajudar Jenny de alguma forma .


-Há algo em que posso ser útil?- disse Karl como se suspirasse.

"provavelmente não" pensou antes mesmo da resposta , mas então começou a pensar , talves se entendesse o problema, pudesse tentar uma solução a sua própria maneira.

-Qual a verdadeira importância das fronteiras?