Scene 0003 - Dessayeve
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The Nightly Telegraph :: London: Guilty Pleasures :: Season 01 :: Episode 01: First Strike :: Camarilla
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Scene 0003 - Dessayeve
PREVIOUSLY ON LGP:
Dessayeve recebe uma mensagem eletrônica informando que você ligou para uma operadora de celular britânica e informa uma sequencia de números para discar com as diversas opções, mas Des sabe que precisa digitar uma sequencia determinada de números, no caso, 216.
— Pode falar — uma voz diz a ele.
— Jennifer Lightbringer, please — Voz firme, mas com um inglês sem o sotaque britânico.
— Sinto muito, ela está indisponível — a voz responde.
— Ouça-me, quem está falando é o Regente da Capela de Toulouse, França. Tenho certeza que se me anunciar a ela, ela me atenderá. — Dessayeve não muda o tom de voz, usa apenas palavras mais altivas.
— Desculpe-me, senhor — diz a voz, agora em um tom mais respeitoso — no entanto, não será mais possível falar com a Sra Lightbringer.
— O que isto quer dizer? Seja mais específico! O que houve com ela?! — Desta vez o nervosismo de Dessayeve era claro.
— Ela foi destruída — a voz responde.
O que se segue é um silêncio em seguida um estouro de palavrões e pragas lançadas em francês. Um choro é engolido e novamente a voz de Dessayeve é ouvida por quem lhe atendeu.
— Como isto aconteceu?
— Esta não é uma informação para ser compartilhada, nem mesmo em uma linha segura. — diz a voz — Agora, o senhor pode dizer o motivo da sua ligação?
— Me chamo Dessayeve di Fermont. É você que responde pela Capela? Qual o seu nome? — A voz de Dessayeve não era mais a mesma. Pareciar ter sido atingido e ferido mortalmente. Mas ele tentava ao máximo manter a compostura.
— Meu nome é Michael Grier, sou responsável pela segurança das comunicações — diz a voz.
— Michael Grier, eu preciso falar com o responsável pela Capela na ausência de Jennifer... — Aos poucos o Tremere consegue conter mais os sentimentos aflorados pela notícia da destruição da Regente.
— Sinto muito, senhor — ele diz — mas o protocolo deve ser mantido.
— Compreendo. — relutantemente ele não insiste — Michael, você me perguntou sobre o motivo desta ligação. Vai arcar com a responsabilidade de não me transferir para o responsável pela Capela neste exato momento?
— Sim, senhor.
— Pois bem Michael, terei de deixar Toulouse para levar pessoalmente ao responsável pela Capela aquilo que tenho de levar. Sigamos o protocolo. Há um ataque Sabá pronto para se desencadear e as informações são de sigilo. Por sua intransigência em obedecer o protocolo, só irá causar atrasos. — Com certa rispidez Dessayeve alerta seu ouvinte.
— Felizmente, senhor, o poder do sangue nos fez imortais.
— Imortalidade é mítica Michael. Mitos estão na mente das pessoas. E não leve por este lado. Estamos de luto. E eu não posso deixar esta ligação com uma negativa sua. Preciso de garantias de que minha espera por um retorno do responsável de sua tão honrada Capela, não será em vão. Meu número certamente está registrado e se não estiver, Toulouse necessita deste retorno. É de suma importância que ele entre em contato comigo. Me diga se o protocolo impedirá isto. — As palavras que Dessayeve usava eram no mínimo curiosas. Ele demonstrava certo sarcasmo. Era um expert no que fazia.
— Não senhor, o protocolo não irá impedir isso — Michael diz, desligando a seguir.
Dois minutos depois chega uma mensagem no celular de Des: “O que Lewis Carroll faria?”
O cenho dele franze. “ Lewis Carroll...” Quem seria Lewis Carroll? A primeira coisa que Dessayeve, o fazedor de Gárgulas faz é procurar ver se na mensagem, veio a identificação do remetente, mas infelizmente isso não aconteceu. Ele se ergue de onde estava assentado, sua vontade era lançar o aparelho na parede e espatifá-lo, mas não. Ele buscaria saber de onde veio a mensagem. Dessayeve então disca um novo número no aparelho. Ele liga para seu mentor, seu sire, Karl Schreckt que estava na Alemanha.
— Pois não? — diz a voz do outro lado da linha.
— Dessayeve di Fermont. Preciso falar com o Regente Karl Schreckt. — Responde o Tremere.
— É ele — diz a voz.
— Sire, já sabes dos rumores. São verídicos. Toulouse será sitiada e teremos de resistir. Callistrate está acuado. — diz Dessayeve.
— Entendo — diz Shreckt — você já contatou Paris ou Marselha?
— Não. Mas isto não deixará de ser feito. — Responde prontamente — Sire. Desculpe a mudança de assunto. Mas está ciente da morte da Regente de Greenwich em Londres? Jennifer Lightbringer?
— Não — diz Schreckt — nada me foi comunicado. Entretanto, eu estou mais preocupado com o bem estar dos Regentes da França, no momento.
— Entendo. Sire, quem é Lewis Carroll? Este nome significa alguma coisa a suas lembranças?
— Acredito que seja um escritor de contos infantis — Schreckt diz, um tanto hesitante — mas não estou bem certo. Não é nenhum místico.
Um breve silêncio e Dessayeve responde:
— Acabo de receber uma mensagem... Tive uma conversa um tanto complicada com um dos responsáveis pela Capela de Londres. As coisas estão estranhas por lá. Ao término da ligação recebo esta mensagem: “O que Lewis Carroll faria?” — Ele repete o que lhe foi enviado.
— Sire. Vou contactar Marseille e Paris. Estaremos fazendo o máximo em prol da defesa de Toulouse. Há algo que a Alemanha possa fazer inicialmente?
— A Alemanha caiu sob domínio do III Reich — diz Schreckt — eles tem caçado os últimos membros da Camarilla como cães e poucos de nós tem onde se esconder. Felizmente algumas Capelas sobreviveram ao ataque, mas não há nada que nós possamos fazer para ajudar vocês. Na verdade, esperávamos que vocês pudessem nos ajudar.
— Ajudaremos Sire. Precisamos primeiro sobreviver ao que está por vir. Farei contato com as capelas mais próximas e manterei-o informado. — Dessayeve aguarda a palavra final de seu mentor para desligar e prosseguir com o que deve fazer.
— Muito bem, então — diz Schreckt e, como de costume, desliga sem se despedir.
Inconformado por não compreender o que o nome Lewis Carroll representa, Dessayeve caminha de um lado para o outro com o celular nas mãos. Ele pensava no que fazer e então, resolve entrar em contato com a empresa de telefonia. Assim que é atendido, ele apresenta-se com o nome na qual a linha está registrada e solicita relatório a respeito das ligações e mensagens que recebeu nas últimas 2 horas.
Um ruído dentro da Capela chama sua atenção e ele percebe que não está sozinho. Existe alguém dentro da casa.
Com a ligação ainda em curso, toda a atenção de Dess se direciona ao que ouviu. O celular é posto no bolso e ele estála o polegar junto com o dedo médio duas vezes consecutivas. Suas Gárgulas se resguardavam dentro da Casa dos Espelhos naquele momento e ele as chama desta forma. Sua mão agora livre, começa a acariciar o anel que está no dedo anelar da outra mão. De soslaio, ele fica a observar o espelho mais próximo. Todos os espelhos daquela Capela eram devidamente proporcionais a um humano adulto em seu tamanho. Era uma das capelas mais perigosas se levasse em conta que de qualquer espelho poderia brotar um algoz.
O desavisado que se cuide.
— Olá — diz uma voz feminina — meu nome é Charlotte e eu sou da Capela dos Espelhos, de Londres.
Os olhos de Dessayeve procuram os olhos da que se apresenta como Tremere Londrina. Era óbvio que isto surpreendeu o Tremere que flexiona ambos os joelhos, voltando seus olhos na direção de onde a voz soou.
— Como entrou aqui? Com que direito?! — Questiona ofensivamente o fazedor de Gárgulas.
— Grimgroth me enviou — ela responde simplesmente — ele o verá pessoalmente quando o Cerco a Toulouse for desfeito e você poderá confirmar com o Conselheiro minhas ordens.
— Apareça! Quero ver seu rosto! E o que tenho eu com o Conselheiro? — A intrusa pode perceber um som característico de atrito entre as paredes do local. Era uma das Gárgulas que já se fazia presente no recinto.
A garota é uma morena de olhos verdes e não parece muito intimidada com a presença das Gárgulas.
— Você ligou para Londres afim de nos avisar sobre o Cerco. O Conselheiro estava na capela e me mandou aqui para fornecer auxílio. Se, no entanto, minha presença o incomoda, eu posso me retirar com a mesma velocidade com que apareci.
Dessayeve observa a mulher que se revela finalmente. Da cabeça aos pés, ele avalia a postura dela. Seu semblante é puramente analítico e desconfiado. Ele porém reconhece:
— Se entrou aqui, com tanta facilidade e passou por meus “filhos”... Devo temer não com medo, mas com respeito a sua presença na Casa dos Espelhos. Fique. — Dessayeve apesar de não estar relaxado o suficiente, dá uma breve olhada na parede onde se encontra uma das Gárgulas e sua criação entende perfeitamente aquele olhar. Devia se manter atenta.
— Charlotte... Miss Lightbringer ainda não havia me citado seu nome. É cria de qual dos nobres? — O olhar dele era o mesmo. Analítico e desconfiado.
— Sou progênie de Elaine de Calinot — ela diz.
— Elaine de Calinot... Argélia se não me engano. Um prazer conhecer a progênie de tal nome. Já sabes a descendência desde que lhe fala. Regente Karl Schreckt. — Ele faz uma breve pausa, parecendo aliviar um pouco sua própria tensão. Charlotte pode perceber que a Gárgula permanece no recinto.
— Fico feliz e agradecido pelo auxílio prestado por ti e por Londres. Minhas considerações e pedido de desculpas diante da recepção que fui obrigado a lhe oferecer Miss Charlotte. — Dessayeve faz uma breve e discreta reverência com a fronte.
— Não se preocupe com isso — diz Charlotte — Agora, gostaria de saber o que está havendo em Toulouse.
— Um cerco do Sabá. Puro e simples. Bandos do Sabá prestes a correr pelas ruas da cidade. Há um toque de recolher. — O Tremere acende um de seus cigarros e com um gesto oferece um deles a Charlotte.
Dessayeve recebe uma mensagem eletrônica informando que você ligou para uma operadora de celular britânica e informa uma sequencia de números para discar com as diversas opções, mas Des sabe que precisa digitar uma sequencia determinada de números, no caso, 216.
— Pode falar — uma voz diz a ele.
— Jennifer Lightbringer, please — Voz firme, mas com um inglês sem o sotaque britânico.
— Sinto muito, ela está indisponível — a voz responde.
— Ouça-me, quem está falando é o Regente da Capela de Toulouse, França. Tenho certeza que se me anunciar a ela, ela me atenderá. — Dessayeve não muda o tom de voz, usa apenas palavras mais altivas.
— Desculpe-me, senhor — diz a voz, agora em um tom mais respeitoso — no entanto, não será mais possível falar com a Sra Lightbringer.
— O que isto quer dizer? Seja mais específico! O que houve com ela?! — Desta vez o nervosismo de Dessayeve era claro.
— Ela foi destruída — a voz responde.
O que se segue é um silêncio em seguida um estouro de palavrões e pragas lançadas em francês. Um choro é engolido e novamente a voz de Dessayeve é ouvida por quem lhe atendeu.
— Como isto aconteceu?
— Esta não é uma informação para ser compartilhada, nem mesmo em uma linha segura. — diz a voz — Agora, o senhor pode dizer o motivo da sua ligação?
— Me chamo Dessayeve di Fermont. É você que responde pela Capela? Qual o seu nome? — A voz de Dessayeve não era mais a mesma. Pareciar ter sido atingido e ferido mortalmente. Mas ele tentava ao máximo manter a compostura.
— Meu nome é Michael Grier, sou responsável pela segurança das comunicações — diz a voz.
— Michael Grier, eu preciso falar com o responsável pela Capela na ausência de Jennifer... — Aos poucos o Tremere consegue conter mais os sentimentos aflorados pela notícia da destruição da Regente.
— Sinto muito, senhor — ele diz — mas o protocolo deve ser mantido.
— Compreendo. — relutantemente ele não insiste — Michael, você me perguntou sobre o motivo desta ligação. Vai arcar com a responsabilidade de não me transferir para o responsável pela Capela neste exato momento?
— Sim, senhor.
— Pois bem Michael, terei de deixar Toulouse para levar pessoalmente ao responsável pela Capela aquilo que tenho de levar. Sigamos o protocolo. Há um ataque Sabá pronto para se desencadear e as informações são de sigilo. Por sua intransigência em obedecer o protocolo, só irá causar atrasos. — Com certa rispidez Dessayeve alerta seu ouvinte.
— Felizmente, senhor, o poder do sangue nos fez imortais.
— Imortalidade é mítica Michael. Mitos estão na mente das pessoas. E não leve por este lado. Estamos de luto. E eu não posso deixar esta ligação com uma negativa sua. Preciso de garantias de que minha espera por um retorno do responsável de sua tão honrada Capela, não será em vão. Meu número certamente está registrado e se não estiver, Toulouse necessita deste retorno. É de suma importância que ele entre em contato comigo. Me diga se o protocolo impedirá isto. — As palavras que Dessayeve usava eram no mínimo curiosas. Ele demonstrava certo sarcasmo. Era um expert no que fazia.
— Não senhor, o protocolo não irá impedir isso — Michael diz, desligando a seguir.
Dois minutos depois chega uma mensagem no celular de Des: “O que Lewis Carroll faria?”
O cenho dele franze. “ Lewis Carroll...” Quem seria Lewis Carroll? A primeira coisa que Dessayeve, o fazedor de Gárgulas faz é procurar ver se na mensagem, veio a identificação do remetente, mas infelizmente isso não aconteceu. Ele se ergue de onde estava assentado, sua vontade era lançar o aparelho na parede e espatifá-lo, mas não. Ele buscaria saber de onde veio a mensagem. Dessayeve então disca um novo número no aparelho. Ele liga para seu mentor, seu sire, Karl Schreckt que estava na Alemanha.
— Pois não? — diz a voz do outro lado da linha.
— Dessayeve di Fermont. Preciso falar com o Regente Karl Schreckt. — Responde o Tremere.
— É ele — diz a voz.
— Sire, já sabes dos rumores. São verídicos. Toulouse será sitiada e teremos de resistir. Callistrate está acuado. — diz Dessayeve.
— Entendo — diz Shreckt — você já contatou Paris ou Marselha?
— Não. Mas isto não deixará de ser feito. — Responde prontamente — Sire. Desculpe a mudança de assunto. Mas está ciente da morte da Regente de Greenwich em Londres? Jennifer Lightbringer?
— Não — diz Schreckt — nada me foi comunicado. Entretanto, eu estou mais preocupado com o bem estar dos Regentes da França, no momento.
— Entendo. Sire, quem é Lewis Carroll? Este nome significa alguma coisa a suas lembranças?
— Acredito que seja um escritor de contos infantis — Schreckt diz, um tanto hesitante — mas não estou bem certo. Não é nenhum místico.
Um breve silêncio e Dessayeve responde:
— Acabo de receber uma mensagem... Tive uma conversa um tanto complicada com um dos responsáveis pela Capela de Londres. As coisas estão estranhas por lá. Ao término da ligação recebo esta mensagem: “O que Lewis Carroll faria?” — Ele repete o que lhe foi enviado.
— Sire. Vou contactar Marseille e Paris. Estaremos fazendo o máximo em prol da defesa de Toulouse. Há algo que a Alemanha possa fazer inicialmente?
— A Alemanha caiu sob domínio do III Reich — diz Schreckt — eles tem caçado os últimos membros da Camarilla como cães e poucos de nós tem onde se esconder. Felizmente algumas Capelas sobreviveram ao ataque, mas não há nada que nós possamos fazer para ajudar vocês. Na verdade, esperávamos que vocês pudessem nos ajudar.
— Ajudaremos Sire. Precisamos primeiro sobreviver ao que está por vir. Farei contato com as capelas mais próximas e manterei-o informado. — Dessayeve aguarda a palavra final de seu mentor para desligar e prosseguir com o que deve fazer.
— Muito bem, então — diz Schreckt e, como de costume, desliga sem se despedir.
Inconformado por não compreender o que o nome Lewis Carroll representa, Dessayeve caminha de um lado para o outro com o celular nas mãos. Ele pensava no que fazer e então, resolve entrar em contato com a empresa de telefonia. Assim que é atendido, ele apresenta-se com o nome na qual a linha está registrada e solicita relatório a respeito das ligações e mensagens que recebeu nas últimas 2 horas.
Um ruído dentro da Capela chama sua atenção e ele percebe que não está sozinho. Existe alguém dentro da casa.
Com a ligação ainda em curso, toda a atenção de Dess se direciona ao que ouviu. O celular é posto no bolso e ele estála o polegar junto com o dedo médio duas vezes consecutivas. Suas Gárgulas se resguardavam dentro da Casa dos Espelhos naquele momento e ele as chama desta forma. Sua mão agora livre, começa a acariciar o anel que está no dedo anelar da outra mão. De soslaio, ele fica a observar o espelho mais próximo. Todos os espelhos daquela Capela eram devidamente proporcionais a um humano adulto em seu tamanho. Era uma das capelas mais perigosas se levasse em conta que de qualquer espelho poderia brotar um algoz.
O desavisado que se cuide.
— Olá — diz uma voz feminina — meu nome é Charlotte e eu sou da Capela dos Espelhos, de Londres.
Os olhos de Dessayeve procuram os olhos da que se apresenta como Tremere Londrina. Era óbvio que isto surpreendeu o Tremere que flexiona ambos os joelhos, voltando seus olhos na direção de onde a voz soou.
— Como entrou aqui? Com que direito?! — Questiona ofensivamente o fazedor de Gárgulas.
— Grimgroth me enviou — ela responde simplesmente — ele o verá pessoalmente quando o Cerco a Toulouse for desfeito e você poderá confirmar com o Conselheiro minhas ordens.
— Apareça! Quero ver seu rosto! E o que tenho eu com o Conselheiro? — A intrusa pode perceber um som característico de atrito entre as paredes do local. Era uma das Gárgulas que já se fazia presente no recinto.
A garota é uma morena de olhos verdes e não parece muito intimidada com a presença das Gárgulas.
— Você ligou para Londres afim de nos avisar sobre o Cerco. O Conselheiro estava na capela e me mandou aqui para fornecer auxílio. Se, no entanto, minha presença o incomoda, eu posso me retirar com a mesma velocidade com que apareci.
Dessayeve observa a mulher que se revela finalmente. Da cabeça aos pés, ele avalia a postura dela. Seu semblante é puramente analítico e desconfiado. Ele porém reconhece:
— Se entrou aqui, com tanta facilidade e passou por meus “filhos”... Devo temer não com medo, mas com respeito a sua presença na Casa dos Espelhos. Fique. — Dessayeve apesar de não estar relaxado o suficiente, dá uma breve olhada na parede onde se encontra uma das Gárgulas e sua criação entende perfeitamente aquele olhar. Devia se manter atenta.
— Charlotte... Miss Lightbringer ainda não havia me citado seu nome. É cria de qual dos nobres? — O olhar dele era o mesmo. Analítico e desconfiado.
— Sou progênie de Elaine de Calinot — ela diz.
— Elaine de Calinot... Argélia se não me engano. Um prazer conhecer a progênie de tal nome. Já sabes a descendência desde que lhe fala. Regente Karl Schreckt. — Ele faz uma breve pausa, parecendo aliviar um pouco sua própria tensão. Charlotte pode perceber que a Gárgula permanece no recinto.
— Fico feliz e agradecido pelo auxílio prestado por ti e por Londres. Minhas considerações e pedido de desculpas diante da recepção que fui obrigado a lhe oferecer Miss Charlotte. — Dessayeve faz uma breve e discreta reverência com a fronte.
— Não se preocupe com isso — diz Charlotte — Agora, gostaria de saber o que está havendo em Toulouse.
— Um cerco do Sabá. Puro e simples. Bandos do Sabá prestes a correr pelas ruas da cidade. Há um toque de recolher. — O Tremere acende um de seus cigarros e com um gesto oferece um deles a Charlotte.
TOULOUSE - 14/AGO/2008 - 22:45 - CHARLOTTE - DESSAYEVE
— Ouvimos boatos de que isso poderia acontecer — diz Charlotte — uma nova liderança se levantou em Madri sob as ordens da Regente do Sabá e ela não é tão sutil quanto foi Monçada. Villon já demarcou a linha e Toulouse está além dela. A cidade cairá, mas a capela deve permanecer.
Re: Scene 0003 - Dessayeve
Os olhos analíticos de Dessayeve pairam como se estacasse diante de Charlotte. A afirmação dela era dura, mas era o que o Tremere pensava. Ele então recolhe novamente o cigarro que ofereceu, percebendo que a mesma não o aceitaria.
— Analisando as possibilidades é fato que se a cidade cai, a Capela cai Charlotte. Eu me coloquei a disposição do Príncipe para ajudar na proteção da cidade. Eu não consigo frear o que vem por aí e acredito que nem com sua ajuda. A delimitação que nos exclui muito me preocupa. Somos poucos em Toulouse. Resistir é quase que suicídio.
Uma nova tragada e a fumaça percorre a carcaça morta do tórax de Dessayeve. Ele solva a fumaça vigorosamente e não se limita, dando um novo e pesado trago.
— Analisando as possibilidades é fato que se a cidade cai, a Capela cai Charlotte. Eu me coloquei a disposição do Príncipe para ajudar na proteção da cidade. Eu não consigo frear o que vem por aí e acredito que nem com sua ajuda. A delimitação que nos exclui muito me preocupa. Somos poucos em Toulouse. Resistir é quase que suicídio.
Uma nova tragada e a fumaça percorre a carcaça morta do tórax de Dessayeve. Ele solva a fumaça vigorosamente e não se limita, dando um novo e pesado trago.
difermont- Mensagens : 10
Data de inscrição : 23/07/2011
TOULOUSE - 14/AGO/2008 - 22:46 - CHARLOTTE - DESSAYEVE
— Experiências anteriores provam que nem sempre a capela cai junto com a cidade, dominus — diz Charlotte — Entretanto, para que isso ocorra é necessário saber se sua localização é secreta ou de conhecimento comum.
Re: Scene 0003 - Dessayeve
— Conhecimento comum para aqueles que fazem parte da membresia de nossa seita em Toulouse. Tem algo em mente?
Dessayeve fica a observar Charlotte analítico, curioso.
Dessayeve fica a observar Charlotte analítico, curioso.
difermont- Mensagens : 10
Data de inscrição : 23/07/2011
TOULOUSE - 14/AGO/2008 - 22:55 - CHARLOTTE - DESSAYEVE
Charlotte fica, por alguns momentos, digerindo a informação e depois fala:
— Enviaram-me para proteger os segredos da Capela de Vidro. E, apesar dela estar situada na cidade de Toulouse, a segurança da metrópole não é uma prioridade. Se o Sabá conseguir romper as defesas da cidade, devemos impedi-los de encontrar a capela e, se isso for impossível, devemos protegê-la. Se a tomada da capela for inevitável, devemos destruí-la. Agora, o que você pensa ser essencial salvar nesta capela?
— Enviaram-me para proteger os segredos da Capela de Vidro. E, apesar dela estar situada na cidade de Toulouse, a segurança da metrópole não é uma prioridade. Se o Sabá conseguir romper as defesas da cidade, devemos impedi-los de encontrar a capela e, se isso for impossível, devemos protegê-la. Se a tomada da capela for inevitável, devemos destruí-la. Agora, o que você pensa ser essencial salvar nesta capela?
Re: Scene 0003 - Dessayeve
— Não sei se percebeu mas há três seres de inestimável valor dentro destas paredes da Capela de Vidro. Tenho contribuído ao passar das décadas com o aprimoramento destes seres. Acredito estar progredindo bem e tenho sido visto por muitos como uma referência em Gárgulas.
Dessayeve pausa e finalmente responde ao que foi questionado por Charlotte:
— Meus manuscritos, objetos de estudo e cada filmagem a respeito do ofício. Tudo organizado na biblioteca. Acredito que este seja o único tesouro que temos aqui dentro
Dessayeve pausa e finalmente responde ao que foi questionado por Charlotte:
— Meus manuscritos, objetos de estudo e cada filmagem a respeito do ofício. Tudo organizado na biblioteca. Acredito que este seja o único tesouro que temos aqui dentro
difermont- Mensagens : 10
Data de inscrição : 23/07/2011
TOULOUSE - 14/AGO/2008 - 22:57 - CHARLOTTE - DESSAYEVE
— Pode me levar lá, por gentileza? — pergunda Charlotte.
Re: Scene 0003 - Dessayeve
— Claro que sim...
Dessayeve apaga o cigarro sobre o cinzeiro da mesinha de canto. Em seguida, com um gesto, chama Charlotte enquanto abre a porta para sairem daquele local. Eles descem as escadas até o porão daquele local. No porão, uma nova passagem é aberta e após tatear a parede próxima da escadaria, Dessayeve acende a iluminação baixa que aqueles degraus recebem. Passo a passo eles descem até por fim chegarem à porta da biblioteca da capela. Dess abre a mesma e o que Charlotte pode ver são várias estantes e armários com livros e cadernos de anotações. Um projetor e inúmeros filmes de 9mm bem organizados. Havia ali vasta informação sobre o ofício do Fazedor de Gárgulas.
— Voilá... — Diz o Regente enquanto se aproxima de uma pia e começa a lavar as mãos.
Dessayeve apaga o cigarro sobre o cinzeiro da mesinha de canto. Em seguida, com um gesto, chama Charlotte enquanto abre a porta para sairem daquele local. Eles descem as escadas até o porão daquele local. No porão, uma nova passagem é aberta e após tatear a parede próxima da escadaria, Dessayeve acende a iluminação baixa que aqueles degraus recebem. Passo a passo eles descem até por fim chegarem à porta da biblioteca da capela. Dess abre a mesma e o que Charlotte pode ver são várias estantes e armários com livros e cadernos de anotações. Um projetor e inúmeros filmes de 9mm bem organizados. Havia ali vasta informação sobre o ofício do Fazedor de Gárgulas.
— Voilá... — Diz o Regente enquanto se aproxima de uma pia e começa a lavar as mãos.
difermont- Mensagens : 10
Data de inscrição : 23/07/2011
TOULOUSE - 14/AGO/2008 - 23:15 - CHARLOTTE - DESSAYEVE
Charlotte retira das vestes uma varinha de marfim e, tocando um dos maiores espelhos, diz:
— Ariadne, filha de Pasífae, filha do filho de Europa, legatária de Daídalos e senhora do Labirinto. O sangue de Pérdix ecoa desde a terra e, através dele, reivindicamos passagem através do espelho.
Mal ela pronuncia as palavras de ativação, a superfície do espelho ondula, revelando o portal.
Entretanto, nem a varinha, nem aquelas palavras são algo de que Dessayeve esteja familiarizado. Na verdade, o componente material que ele usa é um anel de esmeralda e as palavras de ativação não remetem à mitologia grega, mas à eslava.
— Ariadne, filha de Pasífae, filha do filho de Europa, legatária de Daídalos e senhora do Labirinto. O sangue de Pérdix ecoa desde a terra e, através dele, reivindicamos passagem através do espelho.
Mal ela pronuncia as palavras de ativação, a superfície do espelho ondula, revelando o portal.
Entretanto, nem a varinha, nem aquelas palavras são algo de que Dessayeve esteja familiarizado. Na verdade, o componente material que ele usa é um anel de esmeralda e as palavras de ativação não remetem à mitologia grega, mas à eslava.
Re: Scene 0003 - Dessayeve
Atento ao que ela fazia, ele enxuga as mãos de forma correta e, sem mencionar nada sobre o feito incomum da Tremere, ele lhe pede educadamente:
- Peço que lave bem as mãos. São relíquias de valor inefável...
Ele olha o espelho e completa:
- Então esvaziaremos a Capela... Que seja rápido...
- Peço que lave bem as mãos. São relíquias de valor inefável...
Ele olha o espelho e completa:
- Então esvaziaremos a Capela... Que seja rápido...
difermont- Mensagens : 10
Data de inscrição : 23/07/2011
TOULOUSE - 14/AGO/2008 - 23:17 - CHARLOTTE - DESSAYEVE
Dessayeve percebe que a moça quase revira os olhos de enfado, mas consegue se conter e procede conforme suas instruções.
CAPELA DOS ESPELHOS - NARRAÇÃO – DESSAYEVE
Após horas de trabalho duro, todos os pertences mais relevantes do Fazedor de Gárgulas são transportados para a Capela dos Espelhos.
— Onde está a domina? — pergunta Charlotte a um dos aprendizes.
— Está reunida com o consiliarius — ele responde laconicamente.
— Qual consiliarius? — Charlotte pergunta.
— Grimgroth, nosso patrono — o aprendiz responde.
CAPELA DOS ESPELHOS - NARRAÇÃO – DESSAYEVE
Após horas de trabalho duro, todos os pertences mais relevantes do Fazedor de Gárgulas são transportados para a Capela dos Espelhos.
— Onde está a domina? — pergunta Charlotte a um dos aprendizes.
— Está reunida com o consiliarius — ele responde laconicamente.
— Qual consiliarius? — Charlotte pergunta.
— Grimgroth, nosso patrono — o aprendiz responde.
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